À medida que envelhecemos, nosso corpo se desgasta e diminui o seu poder de produção de células e anticorpos. O mesmo acontece com os olhos. São poucas as pessoas que não apresentam problemas de visão durante a vida. Doenças oculares podem nos acometer independentemente da idade; porém, algumas são mais comuns em certas faixas etárias. É sobre esse assunto que iremos falar hoje.
Alguns problemas de visão podem afetar ainda na gestação. É o caso da toxoplasmose ocular e da catarata infantil. Ambas podem provocar a perda da visão em bebês.
Após o nascimento, outras duas doenças – a conjuntivite neonatal e a retinopatia da prematuridade – também podem provocar problemas. Causada por infecções ou exposição a substâncias irritantes, a conjuntivite neonatal é uma inflamação que pode atingir os olhos do bebê nos 30 primeiros dias de vida.
Já a retinopatia da prematuridade é mais comum em crianças que nasceram antes de completarem 32 semanas de gestação e pesando menos de 1.500g. Caracterizada pelo mau desenvolvimento dos vasos da retina, caso não tratada pode levar ao descolamento dessa estrutura e até mesmo à cegueira.
Passado esse período inicial, outros problemas de visão comuns em crianças são o estrabismo, a ambliopia e as alergias oculares.
Responsável pelo desalinhamento dos olhos, o estrabismo pode ser de 3 tipos: convergente, divergente ou vertical. Em crianças abaixo de 7 anos, o desvio ocular pode levar a outra complicação: a ambliopia, falha no desenvolvimento da acuidade visual por falta de estímulo adequado durante o período crítico do desenvolvimento (antes dos 8 anos de idade).
Nessa fase, os problemas oculares mais comuns são os erros refrativos: miopia, astigmatismo e hipermetropia. Para todas essas doenças, a maioria dos sintomas são os mesmos: dores de cabeça, visão embaçada, cansaço visual e vermelhidão nos olhos.
Outros problemas comuns são as conjuntivites e a síndrome do olho seco. Classificada em três tipos – alérgica, bacteriana e viral -, a conjuntivite precisa ser avaliada por um oftalmologista para que seja feito o tratamento correto.
A síndrome do olho seco, por sua vez, afeta a qualidade e a produção da lágrima. Ela é comum nessa fase, pois os jovens usam com muita frequência aparelhos celulares, televisão, notebook e vídeo-games – objetos que prendem a atenção e diminuem a quantidade de piscadas.
Nesse período, doenças com predisposição genética podem aparecer. Portanto, visite seu oftalmologista pelo menos uma vez ao ano para realizar exames preventivos e fazer um acompanhamento da sua visão.
Entre os males oculares destaca-se a presbiopia – ou vista cansada, como é conhecida popularmente. Ela ocorre devido ao enfraquecimento do cristalino próximo aos 40 anos de idade, que perde a capacidade de se contrair e não consegue ajustar o foco.
Mas não são só doenças que podem afetar a visão. Neste período da vida acontecem muitos traumas oculares – principalmente no trabalho. Portanto, cuidado redobrado!
A catarata e a degeneração macular relacionada à idade (DMRI) são as doenças oculares mais frequentes a partir dos 50 anos. Principal causa de cegueira reversível em todo o mundo, a catarata causa perda progressiva da transparência do cristalino (lente natural do olho), deixando-o opaco. Para eliminar esse problema é feita uma cirurgia, que recupera a visão. Já a DMRI afeta a mácula, área nobre da retina responsável pela percepção de detalhes em nossa visão central.
Quando ocorre uma alteração na região, a visão passa a ficar distorcida ou borrada e também pode surgir uma mancha escura no centro do olho. É dividida em dois tipos – atrófica e exsudativa – e o tratamento é feito com medicamentos e injeções intraoculares.
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