Retinopatia da prematuridade

23 de junho de 2016
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A retinopatia da prematuridade (ROP) é uma doença que ocorre nos vasos da retina, que não estão completamente desenvolvidos em bebês prematuros. O risco está presente principalmente em recém-nascidos com menos de 32 semanas de gestação e peso ao nascimento menor que 1500g. O uso indiscriminado de oxigênio é um dos principais fatores de risco para desenvolvimento de ROP. Todos os bebês com essas características devem passar por um exame oftalmológico com dilatação ocular entre a quarta e sexta semanas de vida. Neste exame, o oftalmologista monitora o desenvolvimento da circulação retiniana. Os exames subsequentes vão depender dos achados do exame inicial.

O que ocorre é um crescimento desorganizado dos vasos que suprem a retina do prematuro, pois quando o bebê nasce, esses vasos ainda não estão completamente formados. Felizmente na maioria das vezes os vasos acabam se desenvolvendo normalmente, sem maiores sequelas. No entanto, em alguns casos pode levar à cegueira, dependendo do estágio e se não diagnosticado a tempo e tratado adequadamente.

As opções de tratamento hoje disponíveis dependem do estágio em que se encontra a doença. Nos estágios iniciais, apenas observamos e acompanhamos o desenvolvimento adequado dos vasos. Em estágios mais avançados, pode ser necessário laser ou injeções intraoculares de drogas que controlam o fator de crescimento vascular. Os casos mais graves, que apresentam descolamento de retina, necessitam de tratamento cirúrgico e possuem um prognóstico visual ruim.

Em geral, as crianças que necessitam de tratamento apresentam maior risco de desenvolver erros refracionais (especialmente miopia) e estrabismo no futuro, devendo ser acompanhadas rotineiramente pelo oftalmologista para detectar e corrigir precocemente qualquer alteração.

Dra. Dayane Issaho

Paciência e carinho com as crianças são algumas das características da Dra Dayane Issaho. Ela concluiu a residência médica em Oftalmologia na Universidade Federal do Paraná em 2013. Em 2014 mudou-se para Dallas, nos Estados Unidos, para participar de outro fellowship nas áreas de Estrabismo e Oftalmologia voltada para crianças no Children’s Medical Center da Universidade do Texas (UT Southwestern), um dos mais importantes hospitais pediátricos do mundo. Em 2018 concluiu Doutorado e em 2020 pós-doutorado em Oftalmologia e Ciências Visuais pela Universidade Federal de São Paulo.

CRM-PR 27.045 / RQE 2874

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