A saúde dos olhos é um aspecto que nunca deve ser deixado de lado. Problemas oculares, se não tratados, podem causar danos permanentes na visão. Hoje vamos tratar de um deles, a esclerite.
Esclerite é uma inflamação da esclera, camada que cobre a parte branca do olho. Dentre as doenças que afetam essa região, é a mais grave, pois se não tratada progride e pode levar à cegueira. Porém, a ocorrência dela é rara – aparece em cerca de 0,1% dos casos de doenças oculares graves – e é mais frequente em mulheres. Pode ser dividida em dois tipos: anterior e posterior.
Representa 90% dos casos e é classificada de acordo com o estágio:
Esclerite difusa anterior: benigna, é uma inflamação generalizada da esclera anterior que, se tratada corretamente, não causa problemas;
Esclerite anterior nodular: tem a presença de nódulos na esclera, que podem piorar o quadro;
Esclerite anterior necrosante: menos comum, atinge 14% dos portadores e causa fortes dores no olho e danos na esclera. Geralmente, está ligada a outras doenças.
É de difícil diagnóstico e afeta a área posterior da esclera. Rara, é mais frequente em mulheres e tem alguns sintomas característicos: dor ocular, descolamento de retina, pregas coroideias (da retina) e perda de visão. Está associada à esclerite anterior em cerca de um terço dos pacientes diagnosticados.
A maioria dos casos está ligado a doenças sistêmicas, como artrite reumatoide, artrite reativa, sífilis, gota, entre outras. Também pode se desenvolver a partir de complicações em cirurgias oculares, presença de corpos estranhos nos olhos, traumas oculares e fungos.
Os principais sintomas são vermelhidão no globo ocular, dor ao movimentar os olhos, visão embaçada e sensação de ardência. Vale lembrar que esses sinais podem variar conforme o tipo da doença e seu grau de evolução.
Depende do tipo da doença, do grau de evolução e da existência de alguma moléstia subjacente – que deve ser tratada o quanto antes. Com o diagnóstico correto, boa parte dos casos têm cura. Ocorrências mais sérias podem exigir intervenção cirúrgica. Pacientes que não respondem bem ao tratamento devem investir na doença reumatológica de base e nas complicações trazidas pela esclerite.
Caso não tratada corretamente, pode causar descolamento de retina, edema no nervo óptico, uveíte, perda da visão por perfuração, glaucoma e alterações na córnea.
Como os sintomas da enfermidade são parecidos com os de problemas comuns e menos sérios, é importante não subestimá-los e procurar um oftalmologista para prevenir consequências graves.
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