Não é novidade e nem segredo pra vocês que o uso excessivo de telas pode causar inúmeros malefícios para a visão das crianças e adolescentes, principalmente quando falamos de miopia, que é o grau que dificulta a visão para longe.
Mas você sabia que, além da miopia, olho seco e cansaço visual, o excesso do uso de telas também pode levar ao desalinhamento dos olhos? Principalmente a desvios convergentes, e isso pode acontecer tanto em crianças quanto em adultos. Para aquelas pessoas que já apresentam uma predisposição ao estrabismo, o uso excessivo de telas e, principalmente, as telas de perto, como o uso do celular, podem levar a uma descompensação de desvio ou a um surgimento do desvio convergente.
Esse excesso do movimento pra perto faz com que a gente, além de acomodar a visão, faça um leve movimento de convergência dos olhos e, se isso acontece de forma constante e persistente, esse movimento de convergência pode levar a uma contratura da musculatura interna dos olhos, causando a esotropia, que é o desvio convergente. Muitas vezes, essa esotropia vai causar sintomas como visão dupla, principalmente para longe.
E como vamos tratar esse estrabismo? Depende! Em alguns casos, o simples fato de suspender ou reduzir drasticamente o uso de telas pode fazer com que o desvio melhore. Em outros casos, vamos precisar tratar com óculos especiais com prisma ou, ainda, com cirurgia de estrabismo. Mas isso, como eu sempre digo, vai depender de cada paciente.
Como está o uso de telas por aí? Limitar o tempo de uso delas é fundamental para manter a saúde dos olhos em qualquer idade, mas em especial para as crianças e adolescentes.
Paciência e carinho com as crianças são algumas das características da Dra Dayane Issaho. Ela concluiu a residência médica em Oftalmologia na Universidade Federal do Paraná em 2013. Em 2014 mudou-se para Dallas, nos Estados Unidos, para participar de outro fellowship nas áreas de Estrabismo e Oftalmologia voltada para crianças no Children’s Medical Center da Universidade do Texas (UT Southwestern), um dos mais importantes hospitais pediátricos do mundo. Em 2018 concluiu Doutorado e em 2020 pós-doutorado em Oftalmologia e Ciências Visuais pela Universidade Federal de São Paulo.
CRM-PR 27.045 / RQE 2874
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