Esta é uma pergunta muito frequente no consultório e que deixa muitas mamães ansiosas. Será que o bebê que nasceu com os olhos claros vai permanecer assim quando crescer? Pois saiba que a cor dos olhos dos bebês pode sim mudar nos primeiros meses de vida!
Em geral, os bebês nascem com os olhos um pouco mais claros devido à menor quantidade de um pigmento chamado melanina, o mesmo que define a cor da pele. A quantidade de melanina na íris, que é o colorido dos olhos, é que define a cor que eles terão.
Quanto menos melanina, mais claros são os olhos. Por exemplo, olhos azuis são os que menos pigmento possuem, seguido por olhos verdes, castanhos e os mais escuros. A quantidade de pigmento nos olhos é determinada geneticamente, logo a cor dos olhos dos pais tem grande influência na cor dos olhos dos filhos.
Então quer dizer que se a mãe e o pai tiverem os olhos castanhos, os filhos também terão olhos da mesma cor? Não necessariamente. Existem diversos genes que influenciam na coloração dos olhos. Mesmo genes herdados de avós ou bisavós podem influenciar nesta questão.
De forma simplificada, o diagrama abaixo mostra a probabilidade de os filhos nascerem com uma determinada coloração dos olhos baseada na cor dos olhos dos pais. Note que mesmo que ambos os pais apresentem olhos castanhos, há probabilidade de que seus bebês tenham olhos mais claros e vice-versa.
Em geral, o bebê nasce com os olhinhos de uma determinada cor e a principal mudança na tonalidade ocorre nos primeiros 6 meses de vida. No entanto, até 2 anos de idade pode haver alguma alteração. A coloração varia gradualmente, devido à produção de mais melanina na íris. E a tendência é sempre para a coloração mais escura e não mais clara, devido ao acúmulo de pigmento na íris. Dificilmente após 2 anos de idade haverá alguma alteração na coloração dos olhos.
É importante lembrar que o processo de mudança na cor dos olhos ocorre de maneira natural e sem comprometer o desenvolvimento visual. Se o bebê apresentar qualquer sintoma, como esforço para enxergar, lacrimejamento, sensibilidade à claridade ou entortar os olhinhos, um oftalmopediatra deve ser consultado.
Paciência e carinho com as crianças são algumas das características da Dra Dayane Issaho. Ela concluiu a residência médica em Oftalmologia na Universidade Federal do Paraná em 2013. Em 2014 mudou-se para Dallas, nos Estados Unidos, para participar de outro fellowship nas áreas de Estrabismo e Oftalmologia voltada para crianças no Children’s Medical Center da Universidade do Texas (UT Southwestern), um dos mais importantes hospitais pediátricos do mundo. Em 2018 concluiu Doutorado e em 2020 pós-doutorado em Oftalmologia e Ciências Visuais pela Universidade Federal de São Paulo.
CRM-PR 27.045 / RQE 2874
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