É extremamente gratificante ver a felicidade de um paciente que não suportava mais usar lentes de contato e que tem a sua autoestima recuperada por deixar de usar os óculos — que tanto atrapalhavam a realização de seu esporte favorito ou causavam desânimo para o desempenho em eventos sociais. Esta alegria é possível com a cirurgia personalizada a laser.
O grau de miopia, astigmatismo ou hipermetropia a ser tratado com laser nem sempre coincide com o grau dos seus óculos. Antes dos 40 anos, todos temos a capacidade de acomodação ou compensação de certa quantidade de grau — e ela varia entre as pessoas. Quando o médico oftalmologista dilata seus olhos (cicloplegia), os colírios usados têm o objetivo de paralisar a musculatura do cristalino que faz essa acomodação. Com a compensação paralisada, é possível saber o grau real dos olhos e, com isso, definir o quanto será corrigido na cirurgia refrativa.
O formato da córnea é fundamental para descartar alterações estruturais como o ceratocone, que contraindica a cirurgia a laser. A forma da córnea também pode sugerir o uso de recursos, como o implante de anel corneano, ao invés de laser para a correção do grau. Sua forma orienta o modo como o cirurgião configura os parâmetros no aparelho de laser.
A espessura da córnea também deve estar de acordo com o grau a ser tratado. Quanto mais grau se trata, mais a córnea é afinada durante a cirurgia a laser e, por isso, existem algoritmos utilizados para definir um limite de segurança no tratamento para que o afinamento causado não traga problemas futuros.
Todas essas informações são utilizadas cuidadosamente para que nós possamos determinar cada parâmetro a ser usado de acordo com as características de seus olhos.
Além das configurações determinadas por cada exame comentado acima, o cirurgião pode escolher o modo como o laser trata. Basicamente são 3 tipos:
Cirurgia wavefront guided (guiada por frentes de onda): se baseia em exame de frentes de onda, um modo de avaliar como os raios de luz entram nos olhos e se há alguma distorção na imagem causada por alguma irregularidade do processo. Trata o grau e também esses erros de irregularidade das ondas de luz evidenciadas por aberrometria (quantificação de quanto as ondas de luz estão desviadas do lugar onde deveriam estar). Ou seja, trata o olho como um todo, como um sistema ótico, do filme lacrimal à retina.
Wavefront optimized (otimizada por frentes de onda): trata basicamente o grau definido por um algoritmo, uma fórmula que compensa os excessos ou subestimações que haviam no passado. E o tratamento é centrado na pupila.
Topoguided (guiada por topografia): a topografia é o exame que mapeia a superfície da córnea, mostra onde é mais curva, mais plana, e evidencia qualquer irregularidade. Excelente para córneas irregulares, nas quais tratar só o grau ainda pode manter a irregularidade e não melhorar a qualidade fina de visão (ou aberrações de alta ordem). Retratamentos e retoques após cirurgia prévia, em que a córnea já não tem mais seu formato original, tem nessa técnica os melhores resultados.
A escolha da técnica é definida com seu oftalmologista por meio da análise dos exames, conversa detalhada sobre seus hábitos de vida e hobbies, bem como ponderação em caso de cirurgias prévias.
Dr. Peter é formado pela Universidade Federal do Paraná e tem especialização em Oftalmologia pelo Hospital de Clínicas do Paraná. É mestre em Oftalmologia e Ciências Visuais pela Universidade Federal de São Paulo. Se aperfeiçoou no Brasil e no exterior em Cirurgia de Catarata a Laser e Cirurgia Refrativa. É colaborador do serviço de residência do Hospital de Olhos do Paraná, onde atua como médico preceptor e cirurgião. Dedica-se ao aperfeiçoamento científico estando atualizado na comunidade científica e participa dos maiores congressos na área.
CRM-PR 25.014 / RQE 17417
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