As doenças mais perigosas são aquelas que são silenciosas, ou seja, não dão nenhum alerta pois não provocam sintomas, até que haja uma crise. Assim é com a hipertensão arterial, popularmente chamada de pressão alta.
Essa doença é caracterizada pelo aumento da pressão sanguínea nas artérias, que resulta em um esforço maior do coração para promover a circulação do sangue nos vasos. Considera-se que a pessoa é hipertensa quando ao se medir a pressão arterial em repouso, obtém-se valores acima de 14 por 9. Esses são os números de corte. Acima deles, a pressão é considerada elevada; abaixo, é normal.
Na maioria dos casos, a hipertensão é herdada dos pais, mas também pode ser causada por doenças relacionadas como distúrbios da tireoide ou em glândulas endocrinológicas, como a suprarrenal. Além disso, há outros fatores que influenciam os níveis de pressão arterial, entre eles: sedentarismo, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, obesidade, entre outros.
Além de causar problemas cardíacos e renais, a pressão alta não tratada também pode comprometer a saúde ocular afetando diretamente a retina, uma das áreas mais importantes do olho, responsável por transformar o estímulo luminoso em nervoso, formando assim a imagem.
Nossos olhos contém pequenos e delicados vasos sanguíneos. Com o passar do tempo, a hipertensão pode causar danos a esses vasos, que se tornam mais finos e rígidos, impedindo a chegada de sangue, oxigênio e nutrientes à retina. Esta condição é chamada de Retinopatia Hipertensiva.
Assim como a própria hipertensão, a Retinopatia Hipertensiva também é uma doença silenciosa, que apresenta os primeiros sintomas quando o quadro já está em um estágio mais avançado e a visão possivelmente comprometida.
Nestes estágios mais graves, os sintomas comuns são a perda de qualidade da visão, dores de cabeça, sensibilidade à luz e, em alguns casos, manchas escuras presentes na visão. Além desses sintomas, algumas alterações permanentes na visão podem surgir por causa da hipertensão, como o crescimento de novos vasos sanguíneos anormais na retina e desenvolvimento do glaucoma.
A melhor maneira de tratar a retinopatia hipertensiva é controlar adequadamente a pressão arterial. Algumas ações que podem retardar ou evitar o surgimento da Retinopatia hipertensiva são: redução da obesidade, dieta, atividades físicas e controle dos níveis de colesterol e da diabetes.
No dia 26 de abril é comemorado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial. Nesse dia o objetivo é conscientizar a população sobre os riscos da hipertensão e a importância de combater essa doença. A data é lembrada pelos profissionais da área com grande preocupação, pois a taxa de incidência da doença é de 30% na população brasileira, chegando, de acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão, a mais de 50% na terceira idade.
Não deixe a pressão arterial elevada prejudicar sua visão. O acompanhamento oftalmológico e clínico é fundamental, principalmente quando o paciente possui uma predisposição a este tipo de doença. Além disso, alguns exames oftalmológicos podem dar um diagnóstico precoce da hipertensão arterial, entre eles o mapeamento de retina, auxiliando no controle e tratamento da doença.
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