O transplante de córnea é o transplante mais realizado no mundo todo. De acordo com a Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), no Brasil são realizados por ano cerca de 10 mil procedimentos.
Como qualquer cirurgia, essa gera dúvidas e insegurança no paciente. Por isso, informar-se antes de realizá-la traz segurança e conforto. Para te ajudar a saber um pouco mais sobre o processo de transplante de córnea, confira agora nossas 9 perguntas e respostas.
A córnea é uma estrutura transparente que fica na parte anterior do globo ocular. Por ela, passam os raios de luz que são convergidos no interior do olho e formam a imagem.
Sua indicação é feita quando uma das características da córnea é perdida. São elas: curvatura, transparência ou regularidade.
Basicamente, doenças que afetam a córnea. O ceratocone avançado é a principal indicação de transplante de córnea. Outros problemas são as distrofias corneanas, queimaduras químicas, infecções corneanas e traumas oculares. Elas podem ser tratadas com a realização do procedimento.
O transplante só pode ser feito em centros cirúrgicos de hospitais e clínicas, públicos ou privados, que estejam cadastrados e credenciados no Sistema Nacional de Transplantes (SNT).
Sim! Atualmente há os lamelares, que substituem apenas uma camada da córnea, e os penetrantes, que substituem toda a córnea.
É uma cirurgia de baixo risco intraoperatório, mas que exige um longo acompanhamento no pós-operatório. É muito comum astigmatismo após a cirurgia, que acomete a maioria dos pacientes.
Sim. Quando o sistema imunológico reconhece a nova córnea como um corpo estranho, ele automaticamente irá atacá-la – principalmente no endotélio, camada de células interna responsável pelo bombeamento de água para fora. Quando o endotélio é danificado, a córnea transplantada retém água e fica inchada e opaca, o que chamamos de edema de córnea.
Na maioria dos casos em que há rejeição, ela acontece até 1 ano após a cirurgia; mas existem casos em que levom mais tempo para acontecer. Os principais sintomas são os mesmos da maioria das doenças oculares: vermelhidão, dor, diminuição da visão e sensibilidade à luz. É importante, após a cirurgia, realizar o acompanhamento médico com o seu oftalmologista até que se tenha certeza do sucesso do transplante.
Feito o procedimento, coloca-se um tampão no olho operado e o paciente é levado para observação, que pode durar horas ou de 1 a 2 dias – dependendo da complexidade da cirurgia. Após o transplante, é importante muito cuidado. Não coçar os olhos, evitar fumar ou ficar perto de fumantes, não fazer muito esforço e utilizar óculos de sol.
Há umas série de colírios que são prescritos pelo oftalmologista especialista em córnea que vão ajudar a controlar a inflamação e evitar infecções.
Como dissemos no começo do texto, o transplante de córnea é uma cirurgia comum no meio oftalmológico, mas que exige muitos cuidados no pós-operatório. É claro que todas as dúvidas não podem ser respondidas somente por este texto. Portanto, consulte seu oftalmologista regularmente; afinal, ele é o profissional ideal para te esclarecer e cuidar da saúde de seus olhos.
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