Você já deve ter notado algum amigo ou familiar com a cor dos olhos diferentes. Como isso é possível? Para responder a essa dúvida, hoje vamos falar sobre heterocromia.
A heterocromia é uma condição genética bastante incomum, na qual a pessoa apresenta olhos de cores distintas ou duas cores em um só. Mais comum em animais como cães, gatos e cavalos, ela também atinge seres humanos.
Estima-se que menos de 1% da população mundial tenha essa característica e, na maioria dos casos, a herança genética determina a ocorrência. Ela também pode ser adquirida por doenças como a neurofibromatose ou em acidentes oculares, como traumas.
A heterocromia acontece devido a uma modificação no gene EYCLE, que fica no cromossomo 15. Ele é o responsável por determinar a quantidade de melanina que o olho deve ter. Quando há muita melanina a cor é mais escura, como o castanho; pouca melanina significa tons mais claros, como o azul.
Já a nuance de tom é definida pelo gene EYCL1, que determina a quantidade de pigmentos.
Existem dois tipos de heterocromia: a setorial e a completa.
Alguns portadores de heterocromia têm os dois tipos da anomalia ao mesmo tempo.
No geral, indivíduos que apresentam heterocromia não têm problemas oculares. Mesmo sendo inofensiva, ela precisa ser avaliada por um oftalmologista quando detectada.
Isso acontece porque a condição pode ser decorrente de doenças, como a síndrome de Waardenburg, que provoca surdez e heterocromia.
Como não existe um tratamento específico, recomenda-se aos pacientes que se incomodam com a situação, o uso de lentes de contato cosméticas para deixar os dois olhos com a mesma tonalidade.
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