Pessoas com hipersensibilidade à luz, uma condição também conhecida como fotofobia, não conseguem olhar diretamente para a luz ou permanecer em ambientes muito claros. A fotofobia faz com que os olhos fiquem irritados, lacrimejando e pessoas sensíveis podem sentir até mesmo dores oculares quando expostas à claridade (natural ou artificial).
A fotofobia é uma condição bastante comum e pode estar associada a várias situações diferentes, desde irritações ou inflamações oculares até condições graves como lesões neurológicas.
Existem ainda pessoas que naturalmente e sem apresentar qualquer patologia, apresentam uma hipersensibilidade à claridade. Isso ocorre com muita frequência em pessoas com olhos mais claros, que possuem menos pigmentação na íris para barrar a entrada de luz nos olhos. Os olhos de cores mais escuras contêm mais pigmento para proteção contra iluminação forte.
Mas, para que o diagnóstico seja feito, um oftalmologista deve ser procurado!
Fotofobia não é uma doença, mas um sintoma que pode vir de diferentes condições. Além disso, a sensibilidade à luz pode ser consequência de doenças oculares ou não. E é muito importante descobrir qual é a real causa dessa hipersensibilidade.
No caso de alterações oculares, as principais que podem levar à fotofobiasão: albinismo ocular (falta de pigmento na retina), aniridia (ausência de íris, que é a parte colorida dos olhos), olhos secos, alterações da córnea (como ceratites), uveíte, blefarite, conjuntivite, erro refrativo não corrigido, uso inadequado de lentes contato, doenças da retina, glaucoma, entre outras.
No entanto, existem outras causas que também podem gerar sensibilidade à luz. Enxaqueca, blefaroespasmo, depressão, lesões neurológicas, albinismo óculo-cutâneo, intoxicação por mercúrio e botulismo são alguns exemplos. Relatar com detalhes os sintomas e outros fatores de risco ajudam o médico a identificar a causa.
Os cuidados e tratamento vão depender da causa da fotofobia. Na maioria dos casos, a sensibilidade melhora logo após o início do tratamento. Mas, é importante sempre utilizar óculos de sol com proteção contra os raios ultravioletas.
Evitar lugares muito iluminados e se expor diretamente ao sol também ajudam. Além disso, usuários de lentes de contato precisam ser muito cautelosos com a higienização das lentes e sempre retirá-las antes de dormir. Evitar usá-las sem interrupção, além de dar um descanso aos olhos ajuda a manter a saúde ocular.
Como as causas da fotofobiapodem ser diversas, é muito importante que o paciente busque ajuda médica e não se automedique. Somente após a consulta com um clínico geral, oftalmologista ou neurologista será possível tratar a condição. Por isso, diante de um quadro de sensibilidade à claridade, busque sempre por auxílio médico!
Dr. Peter é formado pela Universidade Federal do Paraná e tem especialização em Oftalmologia pelo Hospital de Clínicas do Paraná. É mestre em Oftalmologia e Ciências Visuais pela Universidade Federal de São Paulo. Se aperfeiçoou no Brasil e no exterior em Cirurgia de Catarata a Laser e Cirurgia Refrativa. É colaborador do serviço de residência do Hospital de Olhos do Paraná, onde atua como médico preceptor e cirurgião. Dedica-se ao aperfeiçoamento científico estando atualizado na comunidade científica e participa dos maiores congressos na área.
CRM-PR 25.014 / RQE 17417
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