O quadro acima é uma tela criada pelo Professor Marc Amsler. Feita para auxiliar na rápida detecção de pequenas irregularidades no campo de visão (20°). A tela é composta de uma rede de Iinhas contendo um ponto central de fixação. Os quadros na rede são de 5 mm e subentendem um ângulo visual de 1 grau a 30 cm de distância.
Uma das formas de identificar alterações na retina, como a degeneração macular relacionada à idade (DMRI), edema macular diabético (EMD) e miopia patológica (MP), é utilizar o teste da Tela de Amsler.
Para usar a tela de Amsler, é necessário seguir as seguintes etapas:
1. Use seus óculos de leitura ou lentes de contato como o habitual.
2. Certifique-se de que você está em uma área com boa iluminação. Mantenha a grade na mesma distância que seu material de leitura (cerca 35 cm de distância de seu rosto).
3. Cubra um olho.
4. Olhe diretamente no ponto central com o olho descoberto e mantenha seu olho focalizado nele.
5. Ao olhar diretamente no ponto central, observe se todas as linhas da grade estão retas ou se alguma área está distorcida, embaçada ou escura ou em branco.
Caso você detecte qualquer alteração ao olhar para a grade, você deve notificar imediatamente o seu oftalmologista. Marque as áreas do gráfico que você não está vendo corretamente e leve-as para a sua consulta.
Se você já foi diagnosticado com degeneração retiniana, você pode usar a tela de Amsler todos os dias para monitorar sua visão, pois a degeneração macular seca pode progredir para a forma úmida e levar à perda grave da visão central. Faça o teste da tela de Amsler diariamente, ou tantas vezes quanto recomendado por seu oftalmologista.
Importante lembrar que a tela de Amsler não é um substituto dos exames oftalmológicos regulares, que devem ocorrer pelo menos uma vez por ano após 50 anos de idade. Você pode precisar de consultas mais frequentes dependendo dos fatores de risco para degeneração retiniana relacionada à idade.
Durante a consulta oftalmológica, uma série de questões são efetuadas, enquanto estiver olhando para o ponto central. São elas:
A ausência do ponto pode indicar a presença de escotoma central.
A impossibilidade de perceber essas áreas pode indicar a presença de um escotoma.
Se uma área da tela não for visível, então há um estocoma paracentral.
Se não, um metamofopsia (distorsão de imagens) está presente. As linhas paralelas podem curvar para dentro, revelando a micropsia, ou curvar para fora, revelando a macropsia.
Essas alterações podem estar presentes antes do aparecimento de um escotoma definido.
São áreas do campo visual com manchas, que denotam prejuízo do funcionamento da rede de células nervosas da retina ou do nervo óptico.
Algumas causas de escotomas:
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Dr. Peter é formado pela Universidade Federal do Paraná e tem especialização em Oftalmologia pelo Hospital de Clínicas do Paraná. É mestre em Oftalmologia e Ciências Visuais pela Universidade Federal de São Paulo. Se aperfeiçoou no Brasil e no exterior em Cirurgia de Catarata a Laser e Cirurgia Refrativa. É colaborador do serviço de residência do Hospital de Olhos do Paraná, onde atua como médico preceptor e cirurgião. Dedica-se ao aperfeiçoamento científico estando atualizado na comunidade científica e participa dos maiores congressos na área.
CRM-PR 25.014 / RQE 17417
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