O que você precisa saber sobre a exotropia intermitente

24 de março de 2023

A Exotropia Intermitente é o tipo de desvio “para fora” (estrabismo divergente) mais comum entre as crianças. E é chamado assim pois não é constante. Ou seja, os olhinhos se apresentam desalinhados somente em alguns momentos. 

Normalmente, esse desvio começa a se manifestar na criança perto dos 2 a 3 aninhos, mas pode surgir mais cedo também. E se torna mais evidente em algumas situações específicas, como quando a criança está cansada, doente, muito sonolenta, empolgada ou estressada. Outro sinal frequente é fechar um dos olhos em ambientes muito iluminados, como quando sai ao sol. 

Como ocorre de forma esporádica, muitos pais podem acabar deixando a suspeita de lado e adiando a consulta oftalmológica. Mas o tratamento para esses casos deve ser iniciado tão logo haja o diagnóstico. Pois a exotropia intermitente pode evoluir a ponto de se tornar um desvio fixo.

Outro risco é que a criança menor de 7 anos pode desenvolver a ambliopia, que é a visão preguiçosa. Nesse caso, o uso do tampão é recomendado. Apesar de não curar a oclusão ocular, irá melhorar a qualidade visual, pois irá reeducar a visão, prevenindo ou estimulando o olhinho preguiçoso.

Em alguns casos, o uso de óculos poderá ser prescrito também. As lentes vão atuar de forma a corrigir algum grau que esteja associado ao estrabismo. No entanto, a correção definitiva do desvio só ocorre por meio de cirurgia, em um ou nos dois olhos, a depender da condição e do desvio.

Quando o tratamento clínico está indo bem, geralmente, esperamos até próximo dos 4 anos para fazer a cirurgia. Mas, nos casos mais descompensados em que há risco para o desenvolvimento da visão, a cirurgia pode ocorrer antes disso. Essa avaliação só pode ser feita em consultório.

Dra. Dayane Issaho

Paciência e carinho com as crianças são algumas das características da Dra Dayane Issaho. Ela concluiu a residência médica em Oftalmologia na Universidade Federal do Paraná em 2013. Em 2014 mudou-se para Dallas, nos Estados Unidos, para participar de outro fellowship nas áreas de Estrabismo e Oftalmologia voltada para crianças no Children’s Medical Center da Universidade do Texas (UT Southwestern), um dos mais importantes hospitais pediátricos do mundo. Em 2018 concluiu Doutorado e em 2020 pós-doutorado em Oftalmologia e Ciências Visuais pela Universidade Federal de São Paulo.

CRM-PR 27.045 / RQE 2874

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