O uso excessivo de telas, principalmente celular, é o principal responsável pelo agravamento de algumas doenças oculares, como o estrabismo. Isso mesmo! Quem passa horas em frente às telas pode desenvolver desvio dos olhos!
E isso se agravou muito em tempos de pandemia, em que as crianças abusaram das telas nas aulas online e nos joguinhos, e os adultos nas horas dedicadas ao homeoffice.
Mas, infelizmente, os malefícios das telas vão muito além do estrabismo. Agravamento da miopia, sintomas de olho seco, alterações no sono e no humor são algumas das consequências.
O celular pode parecer inofensivo, mas não é! O uso de celulares, tablets e computadores exige muito da visão de perto. Isso pode levar gradativamente a um desequilíbrio na força dos músculos extraoculares. Os músculos mediais ficam mais fortes do que os laterais, levando ao desvio convergente.
Além da questão estética do estrabismo, esses casos estão em sua grande maioria associados a sintomas de visão dupla, que é uma condição extremamente desconfortável.
E isso pode ocorrer de forma súbita em crianças, adolescentes ou adultos que nunca tiveram problemas oculares.
O tratamento na maioria das vezes se dá pelo uso de óculos especiais com prisma, aplicação de toxina botulínica ou cirurgia de estrabismo.
Um estudo publicado em uma das mais importantes revistas norte-americanas prevê que em 2050 mais da metade da população mundial será míope. E isso vai além da genética. Os fatores de risco mais importantes estão relacionados ao uso prolongado de eletrônicos e a redução de atividades ao ar livre.
As recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) são:
Lembrando que em todas as faixas etárias o conteúdo deve ser supervisionado pelos pais ou responsáveis!
A televisão pode ser um recurso importante, já que exige uma distância maior. O estrabismo relacionado aos eletrônicos é causado principalmente pela distância muito próxima desses dispositivos aos olhos. Portanto, a televisão é menos prejudicial.
Mas é claro que há outros prejuízos para a saúde relacionados ao uso excessivo de eletrônicos, incluindo a televisão. Uso excessivo de telas leva ao aumento da chance de obesidade, dificuldade de interação social, distúrbios do sono, etc.
Limitar o uso de telas vai além da cautela que devemos ter com a saúde visual! É uma questão de saúde mental e física também.
Como anda o uso de telas por aí?
Paciência e carinho com as crianças são algumas das características da Dra Dayane Issaho. Ela concluiu a residência médica em Oftalmologia na Universidade Federal do Paraná em 2013. Em 2014 mudou-se para Dallas, nos Estados Unidos, para participar de outro fellowship nas áreas de Estrabismo e Oftalmologia voltada para crianças no Children’s Medical Center da Universidade do Texas (UT Southwestern), um dos mais importantes hospitais pediátricos do mundo. Em 2018 concluiu Doutorado e em 2020 pós-doutorado em Oftalmologia e Ciências Visuais pela Universidade Federal de São Paulo.
CRM-PR 27.045 / RQE 2874
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