Praticar esportes faz parte da rotina de quem busca uma vida mais saudável. Os benefícios decorrentes dessas atividades são inúmeros e geram resultados positivos tanto para o corpo quanto para a mente. Para aproveitar ao máximo esses momentos, é necessário ter cuidado e também lembrar que qualquer atleta está sujeito a lesões, inclusive oculares.
É importante saber que os esportes podem ser classificados em categorias de baixo risco, alto risco e altíssimo risco para lesões oculares, ou seja, alguns esportes necessitam de maior atenção ao uso de equipamentos de proteção que possam prevenir eventuais lesões.
Baixo risco: não envolvem disputas agressivas com contato corporal e bolas arremessadas ou golpeadas em alta velocidade. Exemplos: natação, ginástica, remo e atletismo.
Alto risco: são considerados esportes de alto risco para lesões oculares aqueles que utilizam bolas em alta velocidade, com disputas acirradas e colisões. Exemplos: tênis, futebol, vôlei, handebol, basquete. Recentemente, o atacante Bruno Henrique do Santos Futebol Clube, sofreu uma lesão no olho durante uma partida.
A ocorrência de lesões oculares graves nestes esportes é alta, principalmente quando não são utilizados equipamento de proteção.
Altíssimo risco: atividade de combate, com contato corporal e eventuais colisões. Exemplos: boxe, muay thai, MMA, judô, karatê, taekwondo, jiu jitsu. Nestes esportes, os traumas oculares diretos acontecem com socos, cabeçadas e chutes no rosto que atingem o olho.
Nosso globo ocular é protegido pela órbita (cavidade óssea), mas a parte anterior não é, fazendo do olho o órgão mais exposto aos traumas, dentre eles o de maior relevância: trauma ocular contuso, onde não há perfuração ocular e decorre da agressão direta na órbita ou no globo ocular, ou seja, de impactos com bolas, cotoveladas e cabeçadas.
Os traumas oculares podem evoluir com lesões oculares como fratura de órbita (traumas violentos como cabeçadas, quedas ou esportes automobilísticos), glaucoma (aumento da pressão ocular causada por processo inflamatório do trauma), hifema (hemorragia dentro da parte anterior do olho), catarata traumática, lesões retinianas (desde um simples edema, roturas retinianas até descolamentos de retina) e uveítes traumáticas ( inflamações intraoculares)
As lesões oculares durante a prática de esportes podem ser relativamente freqüentes, no entanto, elas são quase totalmente preveníveis através da utilização de equipamentos de proteção.
Em determinados esportes, como a natação, o uso dos óculos de proteção é obrigatório devido ao contato constante com a água, evitando assim possíveis irritações ou até mesmo um quadro mais grave de infecção corneana. Além da natação, óculos escuros são bem-vindos para a prática do ciclismo, tênis, corrida, vôlei de praia e demais esportes feitos ao ar livre, devido à exposição ao sol e por servirem de barreira contra agentes externos, como poeira, areia e fumaça.
Os esportes de alto e altíssimo risco, onde há risco de colisão e contato corporal, pedem armações e lentes que podem ser utilizadas em conjunto com uma máscara ou capacete com proteção facial. Utilizar óculos de proteção é ainda mais importante para atletas que têm condições delicadas, como alta miopia, visão em apenas um olho, pacientes operados recentemente ou que possuem alguma doença ocular.
Praticar esportes é saudável, mas, como tudo, envolve riscos e a prevenção é sempre a melhor opção.
Durante as avaliações médicas, que devem acontecer antes do início de práticas esportivas, consulte seu oftalmologista! Além de avaliar os riscos do esporte escolhido para a sua saúde ocular, ele fornecerá orientações específicas para cada caso.
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