A diplopia, popularmente conhecida como visão dupla, é um sintoma que em geral está associado a outras condições de saúde, como alterações neurológicas ou oculares.
Quem manifesta visão dupla pode apresentar até mesmo incapacidade de realizar as tarefas diárias, como andar, ler, trabalhar, etc.
Muitos casos de diplopia podem ser decorrentes de alterações neurológicas, como a paralisia dos nervos cranianos, alterações musculares, como a miastenia gravis e oftalmopatia de Graves, além de traumatismo craniano, acidente vascular cerebral ou tumores cerebrais. Outros casos de visão dupla podem ser causados por estrabismos descompensados. Por isso, diante do sintoma de visão dupla, um neurologista e um oftalmologista especialista em estrabismo sempre devem ser procurados!
A duplicidade ocorre porque cada olho cria uma própria imagem do ambiente. O cérebro é responsável por juntar essas imagens e fundi-las em uma única. Se há qualquer alteração nos músculos oculares ou nos nervos que os controlam, a capacidade de fundir as imagens fica prejudicada e ocorre a visão dupla.
Descompensação de desvios oculares prévios (estrabismo), alterações auto-imunes na tireoide (doença de Graves), alterações vasculares (AVC ou aneurisma cerebral) e alterações neurológicas que levam ao enfraquecimento dos músculos, como a miastenia gravis, esclerose múltipla e traumatismos cranianos, estão entre as principais condições que levam à diplopia.
Como há várias patologias associadas à diplopia, o tratamento varia e deve ser individualizado. Quando o aparecimento é súbito e relacionado à paralisia da musculatura extraocular, pode haver alguma recuperação espontânea nos primeiros meses. Se isso não ocorre dentro de 6 meses do episódio, óculos com prisma, exercícios ortópticos ou cirurgia de estrabismo são possibilidades terapêuticas.
Causas neurológicas ou auto-imunes, com a miastenia ou a doença de Graves podem necessitar de tratamento cirúrgico quando o quadro estiver estável. O importante é sempre o diagnóstico e acompanhamento precoces!
Paciência e carinho com as crianças são algumas das características da Dra Dayane Issaho. Ela concluiu a residência médica em Oftalmologia na Universidade Federal do Paraná em 2013. Em 2014 mudou-se para Dallas, nos Estados Unidos, para participar de outro fellowship nas áreas de Estrabismo e Oftalmologia voltada para crianças no Children’s Medical Center da Universidade do Texas (UT Southwestern), um dos mais importantes hospitais pediátricos do mundo. Em 2018 concluiu Doutorado e em 2020 pós-doutorado em Oftalmologia e Ciências Visuais pela Universidade Federal de São Paulo.
CRM-PR 27.045 / RQE 2874
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