Daltonismo: o que é?

15 de agosto de 2016

Daltonismo é uma deficiência na visão de cores. Pode ocorrer com todas as cores, no entanto, a forma mais comum é a dificuldade em distinguir o verde do vermelho. Nesses casos, a pessoa enxerga essas cores em tonalidades amarronzadas ou cinzas. Existe também o daltonismo para a cor azul, mas é muito mais raro.

É uma condição genética que afeta cerca de 5% da população mundial e é muito mais frequente no sexo masculino. Aqueles que possuem a alteração genética apresentam defeito nos cones, que são as células da retina responsáveis pela visão em cores.

Crianças daltônicas apresentam desde muito cedo dificuldade na identificação das cores. Elas podem, por exemplo, apresentar dificuldades nas atividades escolares, principalmente as envolvidas com educação artística (pintam a grama de marrom, a maçã de cinza e trocam as cores no geral), trocam pares de meias coloridas, etc.

O diagnóstico é feito pelo oftalmologista, na maioria das vezes com um teste chamado Ishihara. O teste consiste em o paciente identificar os números formados por bolinhas coloridas dentro de um círculo maior (como na figura abaixo).

teste_de_ishihara

Nas crianças menores que ainda não conhecem os números, pedimos para seguir com o dedinho um caminho ou forma geométrica de cores, no mesmo padrão dos números. A dificuldade em identificar as formas ou os números nesse teste é típica do daltônico para verde-vermelho. A quantidade de erros no teste classifica a gravidade da deficiência (mais leve ou mais acentuada).

O daltonismo, no entanto, não é uma condição que cursa com muitas limitações. Há algumas profissões que uma pessoa daltônica não poderá praticar, como por exemplo, ser piloto de avião. No cotidiano o daltônico acaba se adaptando, mas pode ter alguma dificuldade com as cores das roupas ou interpretar as cores do semáforo, o que também não o impede de dirigir, pois basta memorizar a ordem das cores.

Daltonismo tem cura?

Daltonismo não tem cura! A pessoa nasce com a dificuldade e isso persiste para o resto da vida, sem melhorar ou progredir. Muitas pessoas podem até passar uma vida inteira sem perceber que são daltônicas e a grande maioria não apresenta limitações nas atividades do dia-a-dia por causa da deficiência de cores.

Recentemente, uma empresa norte-americana (EnChroma) lançou óculos para daltônicos. Estes óculos têm como princípio criar a habilidade de “pseudo-discriminar” as cores. Eles possuem um filtro que bloqueia o comprimento de onda na qual as cores verde e vermelho se confundem, permitindo que a pessoa consiga diferenciar as 2 cores. No entanto, esses óculos são extremamente caros (cerca de 450 dólares) e ainda não permitem a visão como de uma pessoa sem deficiência de cores.

Dra. Dayane Issaho

Paciência e carinho com as crianças são algumas das características da Dra Dayane Issaho. Ela concluiu a residência médica em Oftalmologia na Universidade Federal do Paraná em 2013. Em 2014 mudou-se para Dallas, nos Estados Unidos, para participar de outro fellowship nas áreas de Estrabismo e Oftalmologia voltada para crianças no Children’s Medical Center da Universidade do Texas (UT Southwestern), um dos mais importantes hospitais pediátricos do mundo. Em 2018 concluiu Doutorado e em 2020 pós-doutorado em Oftalmologia e Ciências Visuais pela Universidade Federal de São Paulo.

CRM-PR 27.045 / RQE 2874

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