A dilatação é absolutamente necessária nas consultas oftalmológicas infantis. No caso de adultos, esse procedimento não será sempre necessário. Mas as crianças precisam passar por essa etapa para que a gente tenha o melhor resultado. E, se for o caso, diagnostique o tratamento adequado, com precisão.
Agora, por que as benditas gotinhas são tão necessárias?
Bom, são dois os motivos principais.
O primeiro é que as crianças possuem muita força na musculatura intraocular. Assim, elas conseguem compensar quantidades elevadas de grau. Então, é necessário relaxar esses olhinhos para conseguir identificar se há a necessidade de uso dos óculos e quantificar com exatidão o grau.
A segunda razão é que, com a pupila dilatada, nós podemos fazer o mapeamento de retina. Nesse exame, a gente identifica todas as estruturas oculares. Avaliamos a retina, o nervo óptico e os vasos do fundo do olho. Também verificamos se há alteração ou malformação e conseguimos identificar a presença de tumores intraoculares, se houver.
Claro que a dilatação da pupila deixa crianças e pais um pouquinho ansiosos. O segredo é entender e explicar direitinho para a criança o que irá acontecer. A gente pinga três gotinhas em cada olhinho. Um colírio é anestésico e os outros dois atuam na dilatação.
Aí, vem um tempo de espera de 30 a 40 minutos para que esses colírios façam efeito. Nada mais justo do que ter um espaço ou atividades para se distrair. A minha dica é deixar a criança à vontade enquanto aguarda. Levar um brinquedo ou realizar uma atividade que não exija esforço visual sempre vai bem.
Aqui no consultório, por exemplo, temos uma brinquedoteca. É um cantinho super lúdico, com brinquedos, desenhos, entre outras coisas. Esse espaço foi idealizado e executado com muito carinho e faz o maior sucesso com os pequenos.
Tudo isso vai amenizar a espera e, consequentemente, diminuir a ansiedade da consulta.
Paciência e carinho com as crianças são algumas das características da Dra Dayane Issaho. Ela concluiu a residência médica em Oftalmologia na Universidade Federal do Paraná em 2013. Em 2014 mudou-se para Dallas, nos Estados Unidos, para participar de outro fellowship nas áreas de Estrabismo e Oftalmologia voltada para crianças no Children’s Medical Center da Universidade do Texas (UT Southwestern), um dos mais importantes hospitais pediátricos do mundo. Em 2018 concluiu Doutorado e em 2020 pós-doutorado em Oftalmologia e Ciências Visuais pela Universidade Federal de São Paulo.
CRM-PR 27.045 / RQE 2874
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