Quando há a indicação de cirurgia para corrigir o estrabismo, uma dúvida muito comum que surge entre os pais e pacientes é sobre como ela é realizada. A oftalmologia é uma especialidade que envolve muita tecnologia e, realmente, algumas cirurgias oftalmológicas são feitas com uso de laser. Mas a cirurgia de estrabismo não.
Esse procedimento exige uma incisão que é realizada na conjuntiva, que fica na parte externa do olho. É um corte muito pequeno e é por meio dele que a gente vai acessar a musculatura extraocular, para fortalecer ou enfraquecer o músculo. Tudo isso depende do tipo e do quanto de estrabismo há no paciente.
É um procedimento considerado rápido, e dura menos de uma hora. No caso das crianças, como elas podem ter dificuldades para colaborar com a cirurgia, se faz a opção pela anestesia geral. Nos adultos, optamos pela anestesia local com sedação.
O pós-operatório costuma ser muito tranquilo, tanto é que não é de costume que o paciente seja internado.
Hoje, nós contamos com uma opção viável para realizar a cirurgia de estrabismo, que é a chamada técnica fórnice. Também conhecida como cirurgia de estrabismo minimamente invasiva. Nessa técnica, a microincisão é realizada sob as pálpebras.
Após a correção do desvio, a incisão fórnice é fechada com um ou dois pontinhos feitos com sutura absorvível. Eles caem naturalmente e são eliminados pelo organismo num prazo de 3 a 4 semanas após a cirurgia. Como a técnica é muito mais delicada, o pós-operatório costuma ser mais confortável e tranquilo para o paciente.
Toda cirurgia pode nos provocar um pouco de insegurança. Se você ainda tem dúvidas sobre o procedimento para a correção do estrabismo, compartilhe comigo!
Paciência e carinho com as crianças são algumas das características da Dra Dayane Issaho. Ela concluiu a residência médica em Oftalmologia na Universidade Federal do Paraná em 2013. Em 2014 mudou-se para Dallas, nos Estados Unidos, para participar de outro fellowship nas áreas de Estrabismo e Oftalmologia voltada para crianças no Children’s Medical Center da Universidade do Texas (UT Southwestern), um dos mais importantes hospitais pediátricos do mundo. Em 2018 concluiu Doutorado e em 2020 pós-doutorado em Oftalmologia e Ciências Visuais pela Universidade Federal de São Paulo.
CRM-PR 27.045 / RQE 2874
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