Alergia ocular e conjuntivite alérgica são comuns nesta época. Saiba o motivo

7 de agosto de 2018
alergia ocular e conjuntivite alérgica

É Primavera; estação das flores e da polinização. E também é tempo de aumentar os cuidados com a saúde dos olhos porque algumas irritações são recorrentes nesta época do ano, como a alergia ocular e a conjuntivite alérgica.

Entre 15 e 20% da população mundial é afetada pela alergia ocular, que é mais comum na primavera. Isso acontece devido à liberação do pólen das plantas e árvores, mas também pelo excesso de poluentes no ar. Lacrimejamento, vermelhidão, sensação de areia nos olhos, coceira, irritação e inchaço das pálpebras são os principais sintomas da alergia, alerta o Dr. Peter Ferenczy, mestre em Oftalmologia e Ciências Visuais pela UNIFESP e membro do Conselho Brasileiro de Oftalmologia e da Academia Americana de Oftalmologia.

Segundo Ferenczy, o olho vermelho e a coceira nos olhos justificam mais de 60% das prescrições por colírios nesta época do ano. Os mais utilizados são os antialérgicos e os lubrificantes.  Caso não seja tratada corretamente, a alergia ocular pode se transformar em uma doença mais grave, como uma úlcera. Portanto, ao sinal de qualquer um dos sintomas, um médico deve ser procurado. Compressas geladas também aliviam bastante a coceira nos olhos, lembra o especialista.

Cuidados simples ajudam a minimizar o surgimento deste problema ocular. Lavar bem o rosto e a região dos olhos evita que partículas entrem em contato com os olhos ao longo do dia e provoquem sensação de desconforto. Manter as mãos limpas e usar álcool gel também é uma forma de reduzir o aparecimento da alergia ocular, porque constantemente levamos as mãos aos olhos no decorrer do dia. Usar óculos escuros com proteção UV adequada, mesmo em dia nublado, também evita o contato direto do pólen ou outras particulas com a área da visão.

Conjuntivite

Três tipos de conjuntivite podem ser diagnosticadas: a viral, a bacteriana e a alérgica. Vamos comentar sobre a última que é recorrente na primavera pelos mesmos motivos já citados para a alergia ocular.

A Conjuntivite alérgica manifesta-se em 70% das pessoas com rinite alérgica. Também é mais frequente em crianças e geralmente acomete os dois olhos. Olhos inchados, coceira e secreção que deixam os olhos grudados ao acordar são os sintomas característicos. A secreção alérgica é formada por muco – diferente da bacteriana, que é purulenta, amarelada. O tratamento geralmente é prescrito por período longo – 2 a 4 semanas -, com o objetivo de melhora do quadro alérgico, evitando recidiva precoce. A conjuntivite alérgica  não é transmissível.

A visita ao oftalmologista é essencial para o correto diagnóstico e a indicação de tratamento.

Texto originalmente disponível em: https://www.bemparana.com.br/noticia/alergia-ocular-e-conjuntivite-alergica-sao-comuns-nesta-epoca-saiba-o-motivo 

Dr. Peter Ferenczy

Dr. Peter é formado pela Universidade Federal do Paraná e tem especialização em Oftalmologia pelo Hospital de Clínicas do Paraná. É mestre em Oftalmologia e Ciências Visuais pela Universidade Federal de São Paulo. Se aperfeiçoou no Brasil e no exterior em Cirurgia de Catarata a Laser e Cirurgia Refrativa. É colaborador do serviço de residência do Hospital de Olhos do Paraná, onde atua como médico preceptor e cirurgião. Dedica-se ao aperfeiçoamento científico estando atualizado na comunidade científica e participa dos maiores congressos na área.

CRM-PR 25.014 / RQE 17417

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