Ainda hoje, há quem pense que o estrabismo é apenas um problema estético. Porém, o desenvolvimento de desvio nos olhos impacta não somente na visão, mas também no convívio social. Nos adultos, muitas vezes, o desvio acontece ainda na infância, e é muito comum que a criança cresça e não tenha o estrabismo tratado e corrigido, seja por receio dos pais ou por falta de informação.
Na fase adulta, também é possível e recomendado operar o estrabismo, porém, o que a gente não consegue fazer é recuperar a visão que não foi desenvolvida ou que foi perdida durante a infância por conta desse distúrbio visual. Aqui, estamos falando além da acuidade visual, também da recuperação da visão em profundidade (visão 3D). Mas, esteticamente, a gente consegue melhorar o alinhamento dos olhos em qualquer momento!
Claro que a gente fala esteticamente, mas sabemos que a correção do estrabismo em um adulto tem repercussões muito maiores, principalmente na questão psicológica. Corrigir o desvio dos olhos impacta diretamente na autoestima, na qualidade de vida, na forma como a pessoa se enxerga e, principalmente, na forma como a pessoa se relaciona com a sociedade.
O estrabismo pode causar constrangimentos, independente da idade.
Quando diagnosticamos uma criança com estrabismo, a gente recomenda que o tratamento seja precoce para que ela consiga desenvolver bem a visão 3D e a acuidade visual, evitando a visão preguiçosa (ambliopia).
Esse desvio pode, sim, ser corrigido em qualquer idade, esteticamente. Então, se você tem estrabismo desde criança e está em dúvida se vale a pena operar ou não. A resposta é: Ainda tem solução!
Paciência e carinho com as crianças são algumas das características da Dra Dayane Issaho. Ela concluiu a residência médica em Oftalmologia na Universidade Federal do Paraná em 2013. Em 2014 mudou-se para Dallas, nos Estados Unidos, para participar de outro fellowship nas áreas de Estrabismo e Oftalmologia voltada para crianças no Children’s Medical Center da Universidade do Texas (UT Southwestern), um dos mais importantes hospitais pediátricos do mundo. Em 2018 concluiu Doutorado e em 2020 pós-doutorado em Oftalmologia e Ciências Visuais pela Universidade Federal de São Paulo.
CRM-PR 27.045 / RQE 2874
Junte-se a nossa lista para receber dicas sobre oftalmologia por e-mail
Junte-se a nossa lista para receber dicas sobre oftalmologia por e-mail