O hemangioma infantil é o tumor benigno mais comum na infância. As lesões, que são manchinhas avermelhadas na pele, podem estar já presentes no nascimento ou se desenvolver nos primeiros meses de vida. Curiosamente, acomete mais meninas do que meninos (em uma proporção de 5:1) e se localizam principalmente na face, couro cabeludo ou troco.
Essa manchinha avermelhada pode acometer a pálpebra do bebê, exigindo um cuidado e acompanhamento especiais!
Na maior parte das vezes o diagnóstico é clínico e é feito pelo oftalmologista, dermatologista ou pelo próprio pediatra.
Quando os vasos são mais superficiais, a manchinha apresenta uma coloração mais avermelhada e brilhante, como uma framboesa ou morango. Quando são mais profundos, adquirem um tom azulado ou violeta.
A maioria dos hemangiomas não requer tratamento. Geralmente eles surgem nos primeiros 6 meses de vida, e começam a diminuir de tamanho entre 12 e 18 meses. A maioria regride espontaneamente até 6 anos de idade.
A maioria dos hemangiomas é pequeno e não traz maiores problemas à saúde da criança. Mas, no caso de hemangiomas grandes e, principalmente, os que acometem a pálpebra, a atenção deve ser redobrada.
O tumor na pálpebra pode acabar comprimindo o olho do bebê e comprometer o desenvolvimento da visão. A ambliopia (visão preguiçosa) pode se desenvolver tanto pela falta de estímulo do olho afetado, como pela presença de erros refrativos, como o astigmatismo. Nesses casos, o hemangioma deve ser tratado!
O tratamento vai depender do tamanho e da localização. Muitos casos podemos tratar com colírio (Timolol), injeções na lesão, aplicação de laser, medicamentos via oral (Propanolol). Casos mais graves podem necessitar de cirurgia.
O mais importante é ter em mente que a criança com hemangioma capilar próximo à região dos olhos deve sempre ser acompanhada pelo pediatra e pelo oftalmopediatra!
Paciência e carinho com as crianças são algumas das características da Dra Dayane Issaho. Ela concluiu a residência médica em Oftalmologia na Universidade Federal do Paraná em 2013. Em 2014 mudou-se para Dallas, nos Estados Unidos, para participar de outro fellowship nas áreas de Estrabismo e Oftalmologia voltada para crianças no Children’s Medical Center da Universidade do Texas (UT Southwestern), um dos mais importantes hospitais pediátricos do mundo. Em 2018 concluiu Doutorado e em 2020 pós-doutorado em Oftalmologia e Ciências Visuais pela Universidade Federal de São Paulo.
CRM-PR 27.045 / RQE 2874
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