Em uma situação normal, a lágrima é produzida pelas glândulas lacrimais e drenada através de dois pequenos canais, que saem do canto do olho e vão até a cavidade nasal. Quando há alguma falha na abertura de uma pequena membrana (válvula de Hasner) no ducto nasolacrimal, a lágrima não consegue ser drenada, causando lacrimejamento, acúmulo de muco e, até mesmo, infecções de repetição.
O oftalmologista pode recomendar:
O objetivo da massagem é colocar pressão no saco lacrimal para romper a membrana no final da via lacrimal, ao nível do nariz. É mais fácil se você posicionar suas mãos em cada lado da face, com seu(s) dedo(s) indicador(es) na parte interna do olho, próximo(s) ao nariz, pressionando para dentro e para baixo por alguns segundos. Isso deve ser repetido diversas vezes ao dia.
O ducto lacrimal obstruído se abre espontaneamente entre 6 e 12 meses após o nascimento em mais de 90% das crianças. Nos casos em que o lacrimejamento persiste, um procedimento pode ser necessário para abrir a obstrução (sondagem).
A criança é sedada e uma haste de metal muito fina é colocada gentilmente no ducto lacrimal para abrir a obstrução. Realiza-se, então, uma irrigação para garantir que a via lacrimal esteja aberta. O procedimento não causa dor e apresenta poucos riscos.
Como em qualquer procedimento cirúrgico, complicações podem ocorrer, incluindo:
Em caso de recorrência da obstrução, obstruções mais severas ou crianças maiores (especialmente as maiores de 12 meses), pode-se optar pela sondagem seguida de intubação. Existem tipos diferentes de intubação de vias lacrimais, sendo que na menos traumática, um delicado tubo de silicone é deixado na via lacrimal após a sondagem para evitar uma eventual cicatrização que leve a nova obstrução. O tubo de silicone não é sentido e não incomoda a criança. Ele é retirado no próprio consultório, em geral 3 meses após o procedimento. A retirada é rápida, indolor e não requer anestesia.
Paciência e carinho com as crianças são algumas das características da Dra Dayane Issaho. Ela concluiu a residência médica em Oftalmologia na Universidade Federal do Paraná em 2013. Em 2014 mudou-se para Dallas, nos Estados Unidos, para participar de outro fellowship nas áreas de Estrabismo e Oftalmologia voltada para crianças no Children’s Medical Center da Universidade do Texas (UT Southwestern), um dos mais importantes hospitais pediátricos do mundo. Em 2018 concluiu Doutorado e em 2020 pós-doutorado em Oftalmologia e Ciências Visuais pela Universidade Federal de São Paulo.
CRM-PR 27.045 / RQE 2874
Junte-se a nossa lista para receber dicas sobre oftalmologia por e-mail
Junte-se a nossa lista para receber dicas sobre oftalmologia por e-mail