Pouco conhecida do público em geral, a visão monocular é caracterizada pela perda visual parcial ou total de apenas um dos olhos, ou seja, seu portador passa a enxergar majoritariamente por um olho.
Essa condição limita a noção de profundidade, além de muitas vezes prejudicar o campo visual periférico. Sem cura ou tratamento disponível, a visão monocular pode ser considerada uma deficiência.
Na maiorias do casos, as causas mais comuns para a visão monocular são doenças como o glaucoma, distúrbios infecciosos intra oculares (toxoplasmose), disfunções da córnea ou retina, tumores intra oculares, ambiopia (visão preguiçosa) e traumas oculares.
Por ser um quadro definitivo, quem tem visão monocular apresenta certas dificuldades para a realização de tarefas que exigem a visão de profundidade (visão 3D) e a periférica. Colisão com pessoas e objetos, dificuldades para descer e subir escadas, dirigir, praticar atividades esportivas e até mesmo atividades de rotina tornam-se um pouco mais complicadas para os portadores de visão monocular. Quando presente desde a infância, o paciente pode desenvolver habilidades que levam a menos dificuldades do que quando a visão monocular é adquirida na vida adulta.
Já que se trata de um problema irreversível, quem tem a doença precisa realizar algumas adaptações em seu dia a dia. No geral, a perda não afeta tanto a rotina, mas é preciso ficar atento. Problemas visuais persistentes, de adaptação no ambiente de trabalho e baixa autoestima são algumas das queixas de quem tem o problema. Em crianças, indicamos o uso de óculos de proteção, mesmo que não apresente grau. Como há uma chance maior de se machucar devido à visão em profundidade comprometida, os óculos servem como uma proteção mecânica aos traumas.
Mesmo sem cura, é importante que o portador de visão monocular faça um acompanhamento oftalmológico. Ir a consultas anualmente permitirá a realização de exames de rotina e a prevenção de doenças oculares no olho que está bom.
A partir do ano de 2011, o Ministério do Trabalho e Emprego entende que portadores de visão monocular possuem severa restrição em sua capacidade sensorial, alterando as noções de distância e profundidade – além de maior vulnerabilidade do lado em que está o olho comprometido. Por este motivo, quem apresenta a enfermidade pode se enquadrar no sistema de cotas para portadores de necessidades especiais em empresas e também nas vagas destinadas em concursos públicos.
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