A ambliopia ou “olho preguiçoso” é a redução da visão que, em geral, não pode ser corrigida somente com uso dos óculos. Ela não deve ser confundida com o olho que desvia, que é chamado de estrabismo. Ambliopia trata-se de uma falha no desenvolvimento da acuidade visual por falta de estímulo adequado durante o período crítico do desenvolvimento visual (antes dos 8 anos de idade). Se essa falha não for corrigida durante a infância, a criança pode ter diminuição visual, perda da função de sensibilidade ao contraste, dificuldade de localização e distorções espaciais permanentes.
Há várias causas para a ambliopia, sendo o estrabismo (desvio do olho) e erros refrativos (miopia, astigmatismo ou hipermetropia) as principais.
Primeiramente, a causa da ambliopia deve ser corrigida (estrabismo, óculos…). Na primeira década de vida, o sistema visual se encontra em desenvolvimento, sendo imaturo e plástico e estando susceptível aos efeitos dos estímulos visuais. O tratamento envolve tampar o “olho forte”, obrigando a criança a usar o “olho preguiçoso”.
A quantidade e a duração da oclusão vai depender da severidade e da causa da ambliopia. Quanto mais severa a perda visual, maior a quantidade de tempo necessária de tampão para restabelecer a visão. Pode-se ainda usar lentes e colírio de atropina para embaçar a visão do olho bom.
Quanto mais nova a criança, melhor é a resposta ao tratamento com oclusão. O sucesso do tratamento exige muita dedicação e motivação de todos os envolvidos, sendo o esforço da família e da criança determinantes na recuperação da acuidade visual.
Confira abaixo uma matéria que mostra a criatividade de um pai para transformar o período de oclusão em uma experiência divertida para sua filha.
Paciência e carinho com as crianças são algumas das características da Dra Dayane Issaho. Ela concluiu a residência médica em Oftalmologia na Universidade Federal do Paraná em 2013. Em 2014 mudou-se para Dallas, nos Estados Unidos, para participar de outro fellowship nas áreas de Estrabismo e Oftalmologia voltada para crianças no Children’s Medical Center da Universidade do Texas (UT Southwestern), um dos mais importantes hospitais pediátricos do mundo. Em 2018 concluiu Doutorado e em 2020 pós-doutorado em Oftalmologia e Ciências Visuais pela Universidade Federal de São Paulo.
CRM-PR 27.045 / RQE 2874
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