Síndrome do olho seco: o que é, causas, sintomas e tratamento

18 de julho de 2016
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A síndrome do olho seco é uma doença caracterizada pela diminuição da produção da lágrima ou alteração na sua qualidade. É difícil de ser percebida, pois sua evolução se dá de forma lenta, podendo trazer sintomas quase imperceptíveis ao paciente e evoluir para danos mais sérios, comprometendo a saúde ocular.

Para entendermos melhor essa doença é necessário saber que a lágrima tem um papel crucial. Ela é a responsável pela lubrificação dos seus olhos. Olhos bem lubrificados facilitam o ato de piscar e evitam atrito das suas pálpebras com a córnea. Em resumo, o olho seco é um déficit na lubrificação ocular ou uma piora da qualidade da lágrima produzida.

Além da lubrificação, a lágrima também protege os seus olhos, já que ela produz anticorpos e outras substâncias que atuam contra agentes externos. Ela também nutre, pois possui nutrientes utilizados pelas células oculares.

Causas da síndrome do olho seco

Existem alguns fatores que são determinantes na causa do olho seco, entre eles estão:

  1. Ambiente: Lugares com pouca circulação de ar, muito seco ou com baixa umidade do ar facilitam a síndrome do olho seco. Um exemplo de ambiente com essas características são os lugares com ar condicionado. Se você está em um lugar que tenha ar condicionado, evite ficar voltado diretamente para ele. Outros fatores como a poluição e a fumaça também podem afetar os seus olhos.
  2. Idade: Estudos indicam que aos 60 anos seu corpo já produz 50% menos de lágrimas em relação a quando você tinha 20 anos. Esse é um dos fatores para um maior índice da síndrome do olho seco em idosos.
  3. Telas Luminosas: Estamos na era dos computadores, smartphones, tablets e televisões. Todos esses aparelhos emitem luminosidade e automaticamente quando usamos eles diminuímos o nosso número de piscadas. Como piscar é lubrificar os olhos, evite ficar muito tempo exposto a esses aparelhos. Outra boa dica é que para cada 50 minutos em frente a eles, nos próximos 10 descanse a sua vista, direcionando-a para outra atividade.
  4. Cirurgias oculares: Após a realização de uma cirurgia pode ocorrer, em alguns casos, o ressecamento dos olhos. Para esses casos, o uso de um colírio indicado pelo seu oftalmologista é importante para manter a lubrificação dos olhos. Em hipótese alguma use um colírio comprado com a ajuda do farmacêutico ou indicado por um amigo. Colírios são medicamentos e quando usados da forma errada podem danificar os seus olhos.
  5. Doenças: Algumas doenças provocam o ressecamento ocular, como por exemplo, diabetes, hipotireoidismo, lúpus, artrite, Parkinson, Síndrome de Sjögren (SS) e outras. Existem também doenças do próprio sistema ocular, como a blefarite, que contribuem para uma diminuição na qualidade da lágrima.

Sintomas

Irritação, dor, vermelhidão, ardor, coceira, visão borrada e sensação de areia são alguns dos sintomas.

Como já citado nas causas, é comum esses sintomas aparecem após o uso de aparelhos com muita luminosidade ou a permanência por muito tempo em ambientes com muito vento ou ar condicionado. Porém, como esses sintomas se aplicam à maioria das doenças oculares, ao sinal deles, procure um oftalmologista. Somente ele pode determinar o que está acontecendo com a sua visão e fornecer o tratamento correto.

Tratamento

É difícil achar um tratamento que cure por completo essa síndrome. Na maioria dos casos, o que se faz é um tratamento que controle os sintomas e evite que o paciente chegue ao estado da síndrome do olho seco.

Em alguns casos é realizada uma cirurgia, mas, no geral, praticando recomendações básicas do seu oftalmologista, o paciente consegue acabar com o problema.

Entre essas recomendações estão: o uso de colírios, nesse caso os mais indicados são os lubrificantes sem conservantes, já que atuam repondo as lágrimas; melhora na alimentação, o paciente deve buscar alimentos com ômega 3 como, por exemplo, os peixes e a linhaça dourada; não exagere no consumo de bebidas alcoólicas.

Abra os olhos! Quando não tratada, a síndrome de olho seco pode piorar. Sintomas como vermelhidão e coceira podem ser frequentes e levar ao desenvolvimento de lesões e até úlceras na córnea. Portanto, ao surgimento de qualquer um desses sinais procure o seu oftalmologista.

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