O que é ptose congênita da pálpebra?

19 de abril de 2018
ptose palpebral congênita

Você já ouviu falar em ptose palpebral congênita? Chamamos de ptose quando a pálpebra superior encontra-se caída. A ptose palpebral pode ocorrer em vários graus e, principalmente em crianças que já nascem com essa alteração (ptose congênita), temos que ter atenção especial devido ao risco de comprometimento visual.

O desenvolvimento cerebral da visão ocorre até cerca de 7-8 anos de idade. E os primeiros meses de vida são muito importantes no desenvolvimento da visão. Qualquer alteração nessa etapa do desenvolvimento, pode trazer sérias consequências para o resto da vida.

A ptose palpebral pode afetar a visão de duas formas:

  1. Causar o que chamamos de ambliopia por privação, que é a visão preguiçosa devido à falta de informações e estímulos visuais. Quando a pálpebra obstrui o eixo de visão, a informação não chega até o córtex cerebral, impedindo um desenvolvimento visual adequado;
  2. Causar astigmatismo, o fato de a pálpebra superior pressionar de forma assimétrica o globo ocular, pode induzir um erro refrativo chamado de astigmatismo, que causa distorção das imagens tanto para longe, como para perto. Esse grau induzido pela ptose também pode levar à ambliopia.

Quando e como tratar a ptose palpebral congênita?

Do ponto de vista estético, quanto mais velha a criança, melhores os resultados da cirurgia de ptose palpebral. Por isso, no caso de bebês, só realizamos a cirurgia da pálpebra quando há algum tipo de comprometimento visual. Se não houver comprometimento do desenvolvimento visual (ambliopia ou torcicolo, quando a criança tende a elevar o mento para enxergar), o ideal é esperar pelo menos até 2,5 ou 3 anos de idade para a cirurgia.

Se existe ambliopia, o tratamento com óculos e oclusão faz-se necessário!

Restou alguma dúvida? Compartilhe conosco nos comentários.

Dra. Dayane Issaho

Paciência e carinho com as crianças são algumas das características da Dra Dayane Issaho. Ela concluiu a residência médica em Oftalmologia na Universidade Federal do Paraná em 2013. Em 2014 mudou-se para Dallas, nos Estados Unidos, para participar de outro fellowship nas áreas de Estrabismo e Oftalmologia voltada para crianças no Children’s Medical Center da Universidade do Texas (UT Southwestern), um dos mais importantes hospitais pediátricos do mundo. Em 2018 concluiu Doutorado e em 2020 pós-doutorado em Oftalmologia e Ciências Visuais pela Universidade Federal de São Paulo.

CRM-PR 27.045 / RQE 2874

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