Muitas vezes, quando pensamos em estrabismo, imaginamos apenas crianças com desvios oculares, mas a verdade é que o problema pode afetar pessoas de todas as idades e pode ser corrigido cirurgicamente desde bebês até idosos.

Se você é um adulto com estrabismo e tem dúvidas se vale a pena fazer a cirurgia, saiba que a resposta é SIM!

A cirurgia pode trazer diversos benefícios para a qualidade de vida, autoestima e relacionamentos interpessoais. Além disso, ela pode melhorar a estética e ampliar o campo de visão, o que pode ser especialmente importante para quem precisa dirigir ou desempenhar outras atividades que exigem uma boa visão.

Embora a cirurgia não possa recuperar a visão preguiçosa ou comprometida por conta do estrabismo na idade adulta, ela pode melhorar consideravelmente a aparência, o que pode ser um grande alívio para quem sofre com a condição. Além disso, a cirurgia pode ajudar a corrigir a visão dupla causada pelo distúrbio e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

sse, eu acredito, é um dos principais receios de quem vai ser submetido a uma cirurgia de estrabismo. “Afinal, doutora, quais são as chances de eu operar o desvio e ele voltar, e eu precisar de uma nova cirurgia?”.

A cirurgia de estrabismo é considerada um procedimento seguro, eficaz e confiável, e envolve o reposicionamento ou fortalecimento dos músculos oculares, dependendo do tipo de desvio. Após uma avaliação clínica completa, incluindo exames visuais detalhados e análise minuciosa do desvio, o oftalmologista especializado indicará o melhor tratamento, que pode ou não ser cirúrgico.

É importante saber que, embora seja possível, o retorno do estrabismo após a cirurgia não é comum. Em cerca de 10% a 30% dos casos, podem ocorrer recidivas, principalmente em pacientes com características visuais específicas ou algum comprometimento neurológico. No entanto, é essencial ressaltar que essas recidivas podem ser prontamente corrigidas com um novo procedimento cirúrgico, se necessário.

No caso de uma possível necessidade de uma nova cirurgia, fique tranquilo! Um segundo procedimento pode ser realizado com altas chances de sucesso.

O estrabismo é uma condição que pode ser corrigida em qualquer idade. Embora seja recomendado corrigir o desvio ocular ainda na infância para aproveitar o período de desenvolvimento cerebral da visão e obter ganhos funcionais, a cirurgia de estrabismo também pode ser realizada em pessoas mais velhas.

Seja você uma criança com estrabismo desde cedo, um adolescente que desenvolveu o desvio ocular ou um adulto que decidiu buscar a correção estética, existe solução! Uma cirurgia de reposicionamento e adequação da musculatura pode ser feita em qualquer idade, desde o primeiro ano de vida até os pacientes mais idosos.

Sim! A correção do estrabismo em bebês pode ser feita por meio de cirurgia, mas é importante lembrar que a decisão de realizar o procedimento vai depender do tipo de estrabismo e do momento mais apropriado para a intervenção.

Além disso, é importante destacar que o tratamento do estrabismo em bebês e crianças deve ser personalizado, levando em consideração as particularidades de cada caso. Por isso, é fundamental contar com o acompanhamento de um oftalmopediatra especialista em estrabismo, que poderá indicar o melhor tratamento para cada pequeno paciente.

De qualquer maneira, o mais importante é detectar qual é o tipo e a causa do desvio. É preciso avaliar se a criança precisará usar óculos, tampão ou se a cirurgia será necessária. O tratamento do estrabismo em crianças deve ser feito no momento mais oportuno e precoce possível, a fim de garantir o bom desenvolvimento visual desses pequenos.

Ao contrário do que as pessoas pensam, a cirurgia de estrabismo não é um procedimento complexo e é muito comum optar por essa forma de tratamento para corrigir os desvios oculares e melhorar a visão binocular das crianças. Na cirurgia de estrabismo, basicamente, fazemos a mudança da posição da musculatura extraocular, ou seja, a gente enfraquece ou fortalece o músculo para devolver o equilíbrio da força da musculatura retomando o alinhamento dos olhos. E isso pode ser feito através de duas técnicas principais: a técnica convencional ou a técnica fórnice, que também é chamada de técnica minimamente invasiva.

A técnica convencional envolve incisões mais longas na conjuntiva para acessar os músculos oculares e isso pode resultar em um trauma cirúrgico um pouco maior, causando inflamação e uma cicatriz maior no pós-operatório.

Já a técnica minimamente invasiva é uma técnica mais moderna e tem sido oferecida em alguns centros de oftalmologia no Brasil, e Curitiba é um deles. O grande diferencial da técnica fórnice é o tamanho e a localização da incisão que fazemos na conjuntiva. Com essa micro incisão que fica embaixo da pálpebra, a gente acaba usando somente um ou dois pontinhos de sutura para fechar a conjuntiva ao invés de quatro ou cinco da técnica convencional. Resultando em menos dor, inflamação e desconforto no pós-operatório, permitindo que o processo de recuperação e de cicatrização seja mais rápido e confortável, assim, as crianças retomam mais rapidamente suas atividades normais.

A longo prazo, não tem diferença no alinhamento ocular se compararmos a técnica convencional e a técnica minimamente invasiva. Porque o que a gente faz na musculatura é a mesma coisa. As duas corrigem com a mesma eficácia o desvio dos olhos. Mas a técnica fórnice, é sim, muito mais vantajosa, principalmente, no pós-operatório inicial. São aspectos muito positivos, especialmente quando se trata da recuperação de crianças e adultos jovens.