Anisocoria – suas pupilas são de tamanhos diferentes?

1 de dezembro de 2016
anisocoria

Chamamos anisocoria quando as pupilas são de tamanhos diferentes. As pupilas são os círculos escuros no centro dos olhos e servem para controlar a entrada de luz.

O tamanho das pupilas se modifica de acordo com a luminosidade do ambiente: elas ficam menores quando a iluminação é forte, evitando a entrada excessiva de luz nos olhos; e aumentam de tamanho em ambientes escuros, permitindo que possamos enxergar melhor nessas situações.

Entretanto, essa mudança de tamanho deve acontecer sempre de forma simétrica, fazendo com que as pupilas estejam sempre do mesmo tamanho.

Algumas pessoas nascem com as pupilas de tamanhos diferentes sem apresentar qualquer patologia, é o que chamamos de anisocoria fisiológica.

Estima-se que cerca de 20% das pessoas possuam alguma alteração no tamanho pupilar, sem outras alterações associadas. As pupilas de tamanhos diferentes mantêm essa diferença independente da luminosidade ambiente. Em geral, isso é mais evidente em olhos claros.

No entanto, algumas vezes, a anisocoria pode estar associada a doenças. Situações comumente associadas a alteração do tamanho pupilar são:

– traumas,

– cirurgia ocular,

– inflamações intraoculares,

– enxaqueca

– alterações neurológicas (AVC, meningite, convulsões, etc)

– medicações

– síndrome de Horner (condição mais rara causada pela lesão de nervos faciais e oculares. Geralmente apresenta-se com pálpebra caída, alteração no tamanho da pupila e alteração da sudorese na face)

Diagnóstico

A aniscoria pode ser notada pelo próprio paciente ao observar diferença no tamanho das pupilas no espelho.

Quando isso ocorrer e, principalmente se estiver associada com outros sinais e sintomas, como febre, dor de cabeça, alterações visuais, indisposição, alterações neurológicas, deve-se procurar por assistência médica.

No consultório, serão realizados testes para identificar se a anisocoria é benigna (fisiológica) ou não.

Tratamento da anisocoria

A anisocoria fisiológica não requer tratamento.

Já a anisocoria associada a patologias requer investigação mais aprofundada e acompanhamento com especialista.

Em caso de dúvidas, procure um oftalmologista!

Dra. Dayane Issaho

Paciência e carinho com as crianças são algumas das características da Dra Dayane Issaho. Ela concluiu a residência médica em Oftalmologia na Universidade Federal do Paraná em 2013. Em 2014 mudou-se para Dallas, nos Estados Unidos, para participar de outro fellowship nas áreas de Estrabismo e Oftalmologia voltada para crianças no Children’s Medical Center da Universidade do Texas (UT Southwestern), um dos mais importantes hospitais pediátricos do mundo. Em 2018 concluiu Doutorado e em 2020 pós-doutorado em Oftalmologia e Ciências Visuais pela Universidade Federal de São Paulo.

CRM-PR 27.045 / RQE 2874

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